terça-feira, 27 de abril de 2010

SUPERANDO A DEPENDÊNCIA EMOCIONAL


(Algumas pessoas que conheço estão passando por situação de dependência emocional muito forte. Eu mesma já passei por isso, então resolvi postar essa matéria de uma psicóloga que encontrei na internet juntamente com o finalzinho de uma matéria sobre o mesmo assunto, da Exodus Brasil)
 
"Muitas vezes uma dependência emocional tem sua raiz na infância. Fatores ambientais onde o bebê não se sentiu, em sua maioria, adequadamente querido e valorizado por pessoas significativas criam essa dependência. Em consequência a pessoa desenvolve um pobre auto conceito, e cria uma relação de submissão ao outro, como estratégia para evitar o abandono. Quando adulto o dependente emocional vive a relação amorosa com apego obsessivo no lugar de uma troca de afeto.

A dependência emocional se define como a falta de habilidade em estabelecer e manter relacionamentos saudáveis. Um exemplo disso são mulheres que sustentam por longos períodos relacionamentos afetivos com parceiros que as oprimem, humilham e violentam e que na realidade são também responsáveis pela situação. Inconscientemente, elas buscam homens que se encaixam nesta condição. Trata-se de uma busca pelo oposto, pelo complemento.

Uma das primeiras atitudes observadas no dependente emocional é a omissão de opinião para evitar conflitos. A pessoa começa a se anular, a sumir na relação. Discordar do outro, então, nem pensar! É como se disparasse na mente o botão perigo, sinalizando que a situação deve ser evitada. Tanto a mulher quanto o homem podem desenvolver essa dependência e os sintomas são os mesmos. Na maioria das vezes cria-se uma relação parasitária com uma exagerada necessidade de aprovação do outro. Muitas vezes tem baixa autoestima e ao final da relação experimenta um verdadeiro trauma e sempre procura outro parceiro com o mesmo ímpeto.

Uma pessoa pode ser tímida ou extrovertida, agressiva ou passiva, e mesmo assim manifestar a dependência emocional. Romances literários, como 'Romeu e Julieta', ilustram formas patológicas de amor que poderiam ser identificados como uma dependência emocional ao outro. Essa dependência é muito comum em várias fases da vida. Quando bebês, momento em que estamos constituindo nosso psiquismo, fomos dependentes de nossa mãe ou de quem cuidava de nós. A mãe é nosso principal elo com o mundo, tanto que nos primeiros meses de vida, nem conseguimos diferenciá-la de nós mesmos. Somente na primeira infância, o bebê vai percebendo que a mãe não é ele e vai aprendendo a criar sua autonomia. Uma vivência saudável na convivência com a mãe nesta fase  pode desenvolver uma estrutura psíquica forte e saudável, e talvez evitar a dependência na fase adulta. A dependência é patológica: não só nos tira da normalidade, mas principalmente nos traz sofrimento e angústia íntima.

O que é o amor saudável? Companheirismo, tolerância, respeito às diferenças individuais, confiança mútua são ingredientes que constroem uma relação saudável. Nesta relação, experiências são compartilhadas com alegria e há construção e não destruição. Somos seres sociais e criar um equilíbrio entre autonomia e dependência ao outro é importante e vai definir nossa qualidade de vida tanto psíquica quanto social.

É natural que sejamos em alguns momentos dependentes, e em outros não tanto, mas é patológico não alternar entre estes dois estados, vivendo intensamente um dos dois, por fixação. Em muitos casos somente a idéia de ficar só apavora, pois estaremos em contato direto com nossos próprios pensamentos e isso pode ser assustador. Momentos de solidão são importantes e saudáveis, mas a necessidade constante de períodos longe das pessoas pode ser um sinal de problemas. Sentir necessidade de estar sempre no meio de um grupo de pessoas pode ser uma atitude saudável, por outro lado pode ser o início de uma 'fobia social ao contrário' ou dependência emocional e psíquica ao outro."

Como abandoná-la?
·  Comece fazendo um compromisso em ser honesto: com você mesmo; com Deus; com uma pessoa de sua confiança.
·  Abra mão do apego  inerente à dependência emocional.
·  Estabeleça limites relacionais e pessoais.
·  Cultive outros relacionamento e procure suprir necessidades de outras pessoas.
·  Prepare-se para enfrentar a tristeza da “perda” e até mesmo depressão.
·  Comece a lidar com as raízes do problema.
·  Tenha paciência!  
·  Amor saudável por si mesmo.

Bibliografia:
 “Dependência Emocional”, por Luzia Lopes.
“Emotional Dependency”, por Lori Rentzel. Traduzido e Adaptado por Willy Torresin.



2 comentários:

Tati Blue disse...

eu num li ainda, mas já sei que foi pra mim tbém!
kkkkkkkkkkkkk
obrigada

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fora isso... minha mãe viu tua foto, te achou linda e brigou comigo que vc nunca teve tatuagem, como pode agora vc ter tantas.
"mães"!
deixa ela descobrir que eu tenho programado umas 1000 pra tatuar.
kkkkkkkk

Tati Blue disse...

putz... interessante.
engraçado que eu mesmo sabendo disso tudo há anos... aplicá-lo na vida é difícil , possível... mas difícil.
mas muito bom vc ter publicad um algo assim.
vai publicar mais coisas do gênero?
seria bem interessante.
bjooos amorzinha